sábado, 30 de janeiro de 2016

Feliz no meio dos livros.

Tanto mar para nevegar e tanta distração interativa para nos atrapalhar. Livros encurtam caminhos, mas as vezes são longos demais. Longos caminhos que tem que ser percorridos passo a passo. Escolher o livro certo é sempre difícil. As vezes precisamos de auto-ajuda, as vezes de aventura, as vezes de um livro técnico ou de um livro longo sobre civilizações antigas. A conquista das páginas é uma mágica que se cumpre no dia a dia com a insistência. Tem leitor de um livro só, do começo ao fim. Tem leitores como eu, que começam um livro, ficam meio entediados e mudam para um outro e outro até voltar ao primeiro. Livros são aulas. Como na faculdade cursamos diferentes disciplinas. Para mim cada livro que abro tem um pouco da matéria que tenho que aprender. Escolho conhecimentos que vão se somar ao meu cabedal de conhecimentos e que na soma vão me trazer algum resultado. Os cenários que cada livro constroi na mente das pessoas passam a ser lembranças quase que reais. Me lembro de um canário mental que construi do livro "A sombra do vento" quando o pai convida o menino para ir a um lugar que é cheio de livros.
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 Lá ele dá ao menino a incumbência de ser o guardião de um livro para sempre. Posso ver a entrada do local, a porta velha enferrujada, as paredes repletas de livros. O velho que atendeu o pai e deu o livro ao menino com desconfiança de que ele cuidaria bem do mesmo. Este cenário me ocorre toda a vez que me lembro do texto daquele livro. Quando se diz que a gente viaja dentro dos livros não me parece nenhum exagero. Quando li Candido de Voltaire viajei a cada momento com o personagem para todos os lugares onde foi e me surpreendi com o texto todas as vezes que reaparecia um personagem supostamente morto. Se fosse ele, eu jamais teria voltado do Eldorado , onde as pedras de ouro eram desprezadas e meninos brincavam com esmeraldas e diamantes nos quintais cheios dede pó  ouro. Lá talvez os livros tivessem mais importância do que as novas tecnologias onde você interage mas não fixa.Informação curta e rasa. Um amigo estava me dizendo outro dia que tem um leitor de livros onde pode colocar mais de 10000 livros e ler em qualquer lugar. Tem muita gente pensando que ter uma biblioteca portátil é a mesma coisa que abrir um paginoso e saborear suas páginas. Hoje, no proprio celular da para ler. A amazon por uma mensalidade também dá ao leitor via celular a oportunidade de ler muitos livros.
Mas há uma grande diferença e, quem é dono de sebo como eu sabe, em você ter muitos livros que pode ler e em você separar tempo para ler livros. Eu sempre levo um livro para a fila de banco, fila de correio e até andando eu gosto de ler. Não dá pra ler um ebook no sol, nem sempre a claridade deixa, mas um paginoso sempre dá. Leio no banheiro de manhã, a noite antes de dormir e ainda acho pouco. Sempre digo que livro bom para mim é o livro que eu estou lendo. Acho que teria que ter várias vidas para conquistar todo o território paginoso que eu gostaria de percorrer. Há livros tão grossos que dá medo até de começar. Mas sempre vale a pena ir em frente e engolir certos trechos chatos para encontrar la no meio ou no fim aquele tesouro precioso que você tanto procurava. Atualmente estou me concentrando na leitura de "A dama das camélias" e um livro sobre magos. O livro sobre magos me enrolou com um monte de papo batido de espiritismo e já estou no meio do mesmo esperando pra ver se, em algum momento ele me diz algo novo. A Dama das camélias promete também, afinal se o Alexandre Dumas teve um filho e este filho também escrevia, quem sabe posso contar com uma boa narrativa imposta pela genética dos caras.
Viver no meio de livros é entender o quanto não sabemos e também que é aos poucos que conquistamos menorizar nosso problema de ignorância.

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